quarta-feira, 23 de março de 2011

3 Perguntas sobre o fim dos Tempos


"Tendo Jesus saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos para lhe mostrar as construções do templo. Ele, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada. No monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estais coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século. E ele lhes respondeu: Vede que ninguém vos engane. Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos. E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; porém tudo isto é o princípio das dores. Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome. Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros; levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos. Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo. E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim. Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda), então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes; quem estiver sobre o eirado não desça a tirar de casa alguma coisa; e quem estiver no campo não volte atrás para buscar a sua capa. Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias! Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado; porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais. Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados. Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-lo ali! Não acrediteis; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grande sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos. Vede que vo-lo tenho predito. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto!, não saiais. Ou: Ei-lo no interior da casa!, não acrediteis. Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do Homem. Onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres" (Mt 24.1-28).
Sobre os acontecimentos dos tempos finais, é recomendável ler também os versículos restantes de Mateus 24 e todo o capítulo 25. A respeito, vamos perguntar-nos:
1. A quem Jesus dirigiu, em primeiro lugar, as palavras de Mateus 24 e 25?
A parábola da figueira é uma representação simbólica da nação judaica.
A resposta é: basicamente aos judeus – e não à Igreja
·         Nessa ocasião a Igreja ainda era um mistério. Somente no Pentecoste ela foi incluída no agir de Deus e, posteriormente, revelada através de Paulo.
·         Portanto, o texto também não está falando do arrebatamento, quando Jesus virá para buscar Sua Igreja, mas trata da volta de Jesus em grande poder e glória para Seu povo Israel, após a Grande Tribulação (Mt 24.29-31). Jesus só falou do arrebatamento mais tarde, pouco antes do Getsêmani, como está registrado em João 14. Até então os discípulos, como judeus, só sabiam da era gloriosa do Messias que viria para Israel (por exemplo, Lucas 17.22-37).
·         Os discípulos a quem Jesus Se dirigiu em Mateus 24 e 25 evidentemente eram judeus. Em minha opinião, eles simbolizam o remanescente judeu fiel, que crerá no Messias no tempo da Grande Tribulação.
·         No sermão profético do Senhor Jesus no Monte das Oliveiras, Ele predisse como será a situação dos judeus no período imediatamente anterior à Sua volta.
·         Falsos profetas e falsos cristos, como são chamados em Mateus 24.5,23,26, representam um perigo para Israel. A Igreja enfrenta outros perigos, pois deve preocupar-se mais com falsos mestres, falsos apóstolos e falsos evangelistas e em discernir os espíritos (2 Co 11.13; 2 Pe 2.1; Gl 1.6-9). Filhos de Deus renascidos pelo Espírito Santo certamente não vão sucumbir às seduções de falsos cristos e cair nesses enganos.
·         O "abominável da desolação" (Mt 24.15) diz respeito claramente à terra judaica, ao templo judaico e aos sacrifícios judeus. Já o profeta Daniel falou a respeito. E Daniel não falava da Igreja, mas de "teu povo... e de tua santa cidade" (Dn 9.24).
·         A frase: "então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes" (Mt 24.16), é bem clara. Trata-se nitidamente da terra de Israel. Pois no Novo Testamento a Igreja de Jesus nunca é conclamada a fugir para os montes.
·         Igualmente o texto que fala do sábado diz respeito aos judeus, aos seus costumes e suas leis (v. 20).
·         Também a parábola da figueira (v. 32) é uma representação simbólica da nação judaica. Do mesmo modo, a expressão "esta geração" (v. 43) aplica-se a Israel.
2. A que época o Senhor se refere em Mateus 24?
A resposta à pergunta anterior nos conduz automaticamente ao tempo em que esses fatos acontecerão. Trata-se da época em que Deus começará a agir novamente com Seu povo Israel de maneira coletiva, levando o povo da Aliança ao seu destino final (v. 3), que é a vinda do seu Messias e o estabelecimento de Seu reino. O centro de todas as profecias de Mateus 24 e 25 é ocupado pelos sete anos que são os últimos da 70ª semana de Daniel (Dn 9.24-27). Devemos estar cientes de que esse período é a consumação do século, o encerramento de uma era, e não apenas o transcorrer de um tempo. O sinal do fim dos tempos é a última semana, a 70ª semana de Daniel.
Coisas espantosas e grandes sinais no céu anunciam a chegada do grande dia da ira do Senhor.
Todos os sinais que o Senhor Jesus predisse em Mateus 24, que conduzirão à Sua vinda visível (v. 30), têm seus paralelos no Apocalipse, nos capítulos de 6 a 19. Mas nessa ocasião a Igreja de Jesus já terá sido arrebatada, guardada da "hora da provação" (Ap 3.10).
Os últimos sete anos – divididos em três etapas (Mt 24.4-28)
1. Os versículos 4-8 descrevem, segundo meu entendimento, a primeira metade da 70ª semana de Daniel. O versículo 8 diz claramente: "porém tudo isto é o princípio das dores". As dores não dizem respeito a uma época qualquer, elas definem especificamente o tempo da Tribulação, comparado na Bíblia "às dores de parto de uma mulher grávida" (1 Ts 5.3; veja também Jr 30.5-7). O princípio das dores são os primeiros três anos e meio da 70ª semana. Assim como existem etapas iniciais e finais nas dores que antecedem um parto, também esses últimos 7 anos dividem-se em duas etapas de três anos e meio. Há um paralelismo e uma concordância quase literal entre Mateus 24.4-8 e Apocalipse 6, onde o Senhor abre os selos de juízo:
·         Falsos cristos (Mt 24.5) – primeiro selo: um falso cristo (Ap 6.1-2).
·         Guerras (Mt 24.6-7) – segundo selo: a paz será tirada da terra (Ap 6.3-4).
·         Fomes (Mt 24.7) – terceiro selo: um cavaleiro montado em um cavalo preto com uma balança em suas mãos (Ap 6.5-6).
·         Terremotos (Mt 24.7), epidemias (Lc 21.11) – quarto selo: um cavaleiro montado em um cavalo amarelo, chamado "Morte" (Ap 6.7-8).
2. Nos versículos 9-28 temos a descrição da Grande Tribulação, ou seja, a segunda metade (três anos e meio) da 70ª semana de Daniel.
·         Nesse tempo muitos morrerão como mártires (Mt 24.9) – quinto selo (Ap 6.9-11).
·         Coisas espantosas e grandes sinais no céu anunciam a chegada do grande dia da ira do Senhor (Lc 21.11) – sexto selo (Ap 6.12-17).
·         Em Israel, muitos trairão uns aos outros (Mt 24.10, veja também Mt 10.21).
·         O engano e a impiedade se alastrarão, o amor esfriará, significando que muitos apostatarão de sua fé (Mt 24.11-12, veja 2 Ts 2.10-11). Quem perseverar até o fim verá a volta do Senhor e entrará no Milênio (Mt 24.13).
·         O Evangelho do Reino será pregado por todo o mundo (v. 14). Ele não deve ser confundido com o Evangelho da graça, anunciado atualmente. O Evangelho do Reino é a mensagem que será transmitida no tempo da Tribulação pelo remanescente e pelos 144.000 selados do povo de Israel, chamando a atenção para a volta de Jesus, que então virá para estabelecer Seu Reino (compare Apocalipse 7 com Mateus 10.16-23).
3. Mateus 24.15 refere-se à metade da 70ª semana de Daniel, o começo dos últimos três anos e meio de tribulação.
A "abominação desoladora" não teve seu cumprimento na destruição do templo em 70 d.C., pois refere-se à afirmação de Daniel, que aponta claramente para o fim dos tempos (Dn 12.1,4,7,9,11).
·         A profecia da "abominação desoladora" de Daniel teve um pré-cumprimento aproximadamente em 150 a.C., na pessoa de Antíoco Epifânio. Daniel 11.31 fala a respeito.
·         A "abominação desoladora" cumpriu-se parcialmente em 70 d.C. através dos romanos, que destruíram o templo.
·         Mas "abominável da desolação" de que Jesus fala em Mateus 24.15 será estabelecido apenas pelo anticristo, vindo a ter seu cumprimento pleno e definitivo na metade dos últimos sete anos (como profetizado em Daniel 12). Essa profecia de Daniel é claramente para o tempo do fim (vv. 4,9), referindo-se a um tempo de tão grande angústia como jamais houve antes (v. 1), que durará "um tempo, dois tempos e metade de um tempo". É dessa Grande Tribulação, desse período de imenso sofrimento e angústia, que Jesus fala em Mateus 24.21 (veja Jr 30.7).
Nos versículos a seguir, de 16 a 28, o Senhor Jesus explica como o remanescente dos judeus deve comportar-se durante a Grande Tribulação:
·         Eles devem fugir (veja Ap 12.6).
·         Esses dias serão abreviados para três anos e meio, para que os escolhidos sejam salvos.
·         Falsos cristos e falsos profetas farão milagres e sinais (veja Ap 13.13-14).
·         Mas então, finalmente, diante dos olhos de todos, o Senhor virá "como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente". Esses dias da ira de Deus (Lc 21.22), ou melhor, esses dias da ira de Deus e do Cordeiro (Ap 6.17), são descritos assim: "Onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres" (Mt 24.28). O "cadáver" representa o judaísmo apóstata, afastado de Deus, e o sistema mundial sob a regência do anticristo, no qual reinará a morte e o "hades". Os "abutres" simbolizam o juízo de Deus.
Terremotos, tempestades, inundações e doenças imprevisíveis, além de outros fenômenos e catástrofes da natureza, aumentam dramaticamente.
Como já foi mencionado, não creio que em Mateus 24.15 o Senhor Jesus esteja referindo-se à destruição do templo em 70 d.C., mas penso que Ele está falando do tempo do fim. Ele menciona a destruição do templo e de Jerusalém em Lucas 21, fazendo então a ligação com os tempos finais. Aliás, este é o sentido dos quatro Evangelhos: apresentar ênfases diferenciadas dos relatos. Os Evangelhos tratam da profecia como também nós devemos fazê-lo, manejando bem a palavra da verdade (2 Tm 2.15).
Em Lucas 21.20 e 24 o Senhor diz: "Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos, sabei que está próxima a sua devastação. Cairão ao fio da espada e serão levados cativos para todas as nações; e, até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles." Isso cumpriu-se em 70 d.C.
Mas Mateus 24 menciona algo que não aparece no Evangelho de Lucas, pois cumprir-se-á apenas nos tempos do fim: "o abominável da desolação" (v. 15).
No Evangelho de Lucas, que trata primeiro da destruição do templo em 70 d.C., está escrito: "...haverá grande aflição na terra" (Lc 21.23) (não está escrito: "grande tribulação"). Mas em Mateus 24, que em primeira linha fala dos tempos do fim, lemos sobre uma "grande tribulação" "como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais" (v. 21). A expressão "grande tribulação" diferencia nitidamente a angústia de 70 d.C. da "grande tribulação" no final dos tempos.
Jesus Cristo não é apenas a esperança para o futuro do mundo, mas a esperança para toda pessoa, para cada um que invocar Seu Nome!
3. Qual é a mensagem desse texto bíblico para nós hoje?
Essa passagem tem forte significado para os crentes de hoje, pois sabemos que os impressionantes acontecimentos da Grande Tribulação lançam suas sombras diante de si e que, por essa razão, o arrebatamento da Igreja deve estar muito próximo.
·         Nosso mundo está muito inquieto. Há conflitos em muitos países e torna-se mais e mais evidente a possibilidade de guerras devastadoras em futuro próximo. Mais de 400.000 cientistas estão atualmente ocupados em melhorar sistemas bélicos ou em desenvolver novos armamentos.
·         Grande parte da humanidade passa fome.
·         Terremotos, tempestades, inundações e doenças imprevisíveis, além de outros fenômenos e catástrofes da natureza, aumentam dramaticamente em progressão geométrica, como as dores de parto da que está para dar à luz.
·         Grande parte dos cristãos é perseguida. Muitos chegam a falar de uma "escalada" nas perseguições nos últimos anos.
·         Também a sedução e o engano através de falsas religiões é comparável a uma avalanche. O clamor pelo "homem forte" torna-se mais audível. Qualquer coisa passa a ser anunciada como "deus" ou "salvador" – e as pessoas agarram-se ansiosas a essas ofertas enganosas. Ao mesmo tempo acontece uma apostasia nunca vista, um crescente afastamento da Bíblia e do Deus vivo.


As dores da Grande Tribulação anunciarão a vinda do Filho do Homem. Não nos encontramos diante do fim do mundo, mas nos aproximamos do fim de nossa era (Mt 24.3). O Filho de Deus não nos trará o fim, mas um novo começo. Jesus Cristo não é apenas a esperança para o futuro do mundo, mas a esperança para toda pessoa, para cada um que invocar Seu Nome!
Fonte: (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br/)
10 CAMINHOS PARA MELHORAR SUA VIDA ESPIRITUAL

Práticas corriqueiras – mas negligenciadas – da fé cristã são capazes de ajudar o crente na busca pela plenitude de Deus
Todos os crentes – ao menos, os sinceros... – reconhecem que sua vida espiritual pode e precisa melhorar. Não existe uma pessoa que, confrontada com os padrões e ensinamentos propostos pela Bíblia, possa considerar sua vida como um exemplo de plenitude na fé. Afinal, é a própria Escritura que dá o alerta: se alguém cumprir toda a lei, mas tropeçar em um único ponto dela, já está em falta.
É claro que a vida com Jesus não é feita apenas de regras. Não fossem a graça e a misericórdia do Senhor, ninguém seria salvo. Por outro lado, a caminhada cristã pressupõe um constante aperfeiçoamento, processo que muitos chamam de santificação. É esta jornada, a do caminho estreito, que Deus propõe aos seus seguidores. Difícil? Por certo – mas a recompensa de andar seguro na mão de Deus supera todo e qualquer sacrifício.
Foram entrevistadas dez pessoas – como pastores, missionários, obreiros e escritores – o que elas sugerem como meio para buscar a plenitude espiritual. As respostas têm a ver com a atividade que cada um desenvolve dentro e fora da igreja, e surpreendem pela simplicidade. Assim, nossos entrevistados recomendam oração, leitura bíblica, socorro ao próximo, quebrantamento e outras atitudes básicas, aquelas coisas que todo crente sabe que deve fazer, mas que muitas vezes negligencia. Tudo muito simples e muito claro, exatamente como o Evangelho de Cristo. Mas quem sabe estes conselhos vão ajudar muitos leitores a trilhar, com passos mais rápidos, o rumo da soberana vocação que há em Jesus?

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CULTIVE SUA ESPIRITUALIDADE“A única forma de se exercer uma espiritualidade cristã equilibrada é retornar aos parâmetros da Bíblia Sagrada”
“Falar sobre o espírito é falar sobre aquilo que dá vida e ânimo a alguém ou alguma coisa. Pode-se definir espiritualidade cristã como o reflexo, a repercussão de todo o empreendimento ou esforço cristão para se buscar e sustentar um relacionamento com Deus. Isso inclui adoração pública e devoção privada. Espiritualidade tem a ver com a busca de uma vida religiosa plena, satisfeita e autêntica. A única forma de se exercer uma espiritualidade cristã equilibrada é voltar para os parâmetros da Bíblia Sagrada. Uma espiritualidade que não passa pelo crivo da Reforma Protestante não resultará em benefícios para o cristão ou para a Igreja. Acontece que os crentes já não são instruídos apenas pelos pastores de suas igrejas; há hoje um bombardeio de informações que desafiam a espiritualidade cristã. Além disso, bons pastores, capazes de conduzir o rebanho com ética e equilíbrio doutrinário, estão cada vez mais escassos. Somente pela Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus, o cristão poderá desenvolver uma caminhada segura e equilibrada em direção à espiritualidade.”
Paulo Romeiro é pesquisador, escritor e pastor da Igreja Cristã da Trindade, em São Paulo

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ORE SEM CESSAR“O principal elemento que leva o crente aos mananciais da vida do Espírito é a oração”
“Acredito que a vida espiritual de muitos cristãos nos dias de hoje não vai muito bem. Isso acontece pela ausência das disciplinas espirituais básicas, como a oração. Não por outro motivo, encontramos hoje poucas vidas espiritualmente saudáveis e muitas anêmicas. Creio que o principal elemento que leva o crente aos mananciais da vida do Espírito é a oração. Ao longo da história do cristianismo, os gigantes da fé se destacaram por passar muito tempo em oração diante do Senhor. Precisamos de mais entendimento quanto a isso – e, em minha opinião, são os pastores que relutam em levar o rebanho às fontes do poder indicadas no Novo Testamento. Não bastam as bênçãos; é preciso que as pessoas sejam transformadas, antes de mais nada, em discípulos do Mestre, fazendo com que Cristo seja de fato Senhor de suas vidas.”
Enéas Tognini é Doutor em Divindade, pastor emérito da Igreja Batista do Povo e da Igreja Batista de Perdizes. Preside a Sociedade Bíblica do Brasil e integra o Conselho de Pastores do Estado de São Paulo

3
ANDE EM SANTIDADE“A santidade começa com um coração quebrantado e humilde diante do Senhor”
“Ser santo é separar-se para Deus, é buscar ser parecido com Cristo. Ou seja, é levar uma vida de contínua transformação. Essa busca por santidade precisa ser constante na vida de quem está desejando crescer espiritualmente. Mas não podemos confundir santidade com medidas externas, pois mais profunda é a mudança que precisa acontecer no interior do nosso ser, nas motivações do coração e nos pensamentos, pois isso é o que move tudo. A santidade começa com um coração quebrantado e humilde diante do Senhor, desejando sinceramente mais de Deus para sua vida. Não dá para começar de fora para dentro, com métodos e fórmulas que acabam se tornando vazios e mecânicos. É claro que para o crescimento é preciso passar tempo em oração, dedicar-se aos jejuns, ler a Palavra e manter a comunhão com os irmãos. Mas a postura do coração é fundamental. Acho que a nossa luta maior é contra nós mesmos, pois preferimos muitas vezes outros prazeres, e não aquilo que nos leva para mais perto de Deus, para um relacionamento mais fervoroso com ele. E nos nossos dias não faltam opções para nos tentar a desviar nosso caminho do Senhor. A perseverança é característica de quem tem uma vida espiritual crescente, pois muitas situações surgem para tentar abalar a caminhada do cristão, mas precisamos perseverar até o fim.”
Ana Paula Valadão é líder do Ministério de Louvor Diante do Trono e pastora da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte (MG)

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LEIA E MEDITE NAS ESCRITURAS“Quando oramos, falamos com Deus; quando lemos a Bíblia, é Deus que fala conosco”
“O primeiro passo para uma vida vitoriosa diante do Senhor é ter desejo de ler a Palavra de Deus e obedecê-la. A Bíblia nos faz prostrar com o rosto em terra diante do Senhor e nos conduz ao segundo passo, que é um arrependimento que quebranta o coração. A negligência na leitura da Bíblia é fonte de problemas na vida do crente. É possível a um evangélico preencher todo o tempo fazendo boas obras, abençoando pessoas e derramando o coração no serviço cristão. Mas, se não conhecer a Palavra, ele fica fraco, temeroso, deprimido e, por fim, vai se tornar presa fácil para o diabo. É fundamental que haja um despertamento para a leitura da Palavra toda, por todos os crentes. A Bíblia continua sendo o livro mais lido, mas de um modo geral sua leitura é fragmentada. A proclamação de 2008 como o Ano da Bíblia no Brasil tem como objetivo principal motivar os brasileiros a lerem as Escrituras. Cabe lembrar que são necessárias apenas 72 horas para a leitura completa da Bíblia. Com uma disciplina de 15 minutos diários de leitura bíblica, em apenas 288 dias toda a Bíblia terá sido lida. Não é tão difícil quanto parece. Necessitamos urgentemente de um avivamento da devoção pessoal. Quando oramos, falamos com Deus; quando lemos a Bíblia, Deus fala conosco.”
Eude Martins é pastor assembleiano e coordenador do Ano da Bíblia

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CUIDE COM CARINHO DO SEU PRÓXIMO“A falta de pão na mesa do pobre é uma denúncia da falta de espiritualidade no altar dos cristãos”
“Fora do grande mandamento deixado pelo Senhor – ‘Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como Deus, em Cristo, nos amou’ –, a vida cristã pode ser qualquer coisa, menos espiritual. Todavia, a fé do brasileiro, na maioria dos casos, é alienada ou egoísta. Os dois maiores segmentos religiosos cristãos do país são o catolicismo e o pentecostalismo. O primeiro pratica uma crença idolátrica; já o pentecostalismo, assim como o neopentecostalismo, prega uma fé materialista. Uma fé materialista e idolátrica, quando enfrenta problemas sociais, econômicos ou políticos, tende a tentar ‘resolvê-los’ pela via do milagre, e não pelo engajamento sócio-político. Nos ambientes religiosos com a prática de fé a que estou me referindo, as iniciativas de obras sociais são muito mais para marketing da instituição eclesiástica do que para promoção humana dos empobrecidos. Pensar na missão integral da Igreja é, por exemplo, olhar a missão da adoração como chance de permitir a revelação de Deus por meio do nosso testemunho. Precisamos aprender a ser culto, antes de prestar culto. Ou seja, fazer da vida toda um culto a Deus, e eventualmente usar a liturgia religiosa como espaço pedagógico para animar e desafiar outros a cuidarem do próximo. Precisamos guiar nossa vida pelo que Jesus ensinou no Sermão do Monte. A falta de pão na mesa do pobre é uma denúncia da ausência de espiritualidade no altar dos cristãos. Espiritualidade é vida. Uma sociedade que destrói todas as formas de vida está condenada à frieza e à morte. O gemido da natureza, a morte de tantas crianças inocentes, a fome e as guerras são uma denúncia da falta de espiritualidade de nossa geração.”
Carlos Queiroz é pastor da Igreja de Cristo da Aldeota, em Fortaleza (CE) e diretor executivo da Visão Mundial no Brasil

6
VIVA EM COMUNHÃO“A abundância da vida cristã só pode ser experimentada por meio da mutualidade”
“As igrejas estão cheias de gente, mas vazias de relacionamentos. Parece um paradoxo, mas é exatamente assim a realidade de nossas igrejas hoje. Muitos crentes não vivenciam uma comunhão coletiva e não se empenham em construir relacionamentos. Vêem na igreja um lugar para manifestarem seus interesses pessoais, suas necessidades e conflitos. Os próprios líderes alimentam isso, quando pregam um evangelho solucionador de problemas sem, contudo, instruir seus seguidores acerca da vida abundante no corpo de Cristo. Essas pessoas gostam de cultos das multidões, mas vivem num individualismo religioso e frio, com graves conseqüências na falta de relacionamentos com Deus e com o próximo. E aí está o motivo do esfriamento na intimidade com Deus. A verdadeira fé é aquela que prioriza os relacionamentos. Quando há intimidade com o Senhor e compromisso com o Evangelho da justiça, aflora a mutualidade entre os membros do corpo de Cristo. A Igreja perdeu, de certa forma, o sentido do viver em novidade crescente de vida abundante. Essa abundância só pode ser experimentada em coletividade. O fervor individual não pode ser confundido com uma vida fora dessa coletividade, mas deve ser entendido como a relação íntima do indivíduo com seu próximo, dentro e fora dos portões da igreja.”
Battista Soarez é teólogo, educador e jornalista. Pastor batista, desenvolve diversos projetos sociais no Maranhão

7
UM BOM TESTEMUNHO VALE MAIS QUE MIL PALAVRAS“Deus deve estar em nós, nos nossos atos, nas nossas falas. É desta forma que as outras pessoas vão perceber a presença do Senhor na nossa vida”
“Muita gente fala que se deve separar a vida espiritual das chamadas atividades seculares, como o trabalho. Discordo disso. Não existe separação entre vida espiritual e secular. Estamos no mundo, embora, segundo a Escritura, não sejamos dele. O grande desafio é vivermos no mundo e não nos deixarmos contaminar por ele. Há crentes que falam em ‘1evar Deus para o ambiente profissional’. Ora, Deus deve estar em nós, nos nossos atos, nas nossas falas. É desta forma que as outras pessoas, inclusive os colegas de trabalho, vão perceber a presença do Senhor em nós e entender o que Ele é capaz de fazer em nossas vidas. Fomos chamados por Deus para o mundo, e não para as igrejas. Hoje, é moda no mundo corporativo – e muitas empresas estão investindo nisso – cultivar aspectos como o lado espiritual dos funcionários. É uma espécie de ‘sinal dos tempos’, e acho que os evangélicos deveriam aprender com isso. Em todo e qualquer lugar onde estejamos, devemos dar o correto testemunho de nossa fé.”
Paulo Angelim é crente presbiteriano, empresário do setor imobiliário e palestrante motivacional.

8
O “IDE” NÃO É UMA OPÇÃO“O coração do Senhor pulsa pelo perdido”
“O serviço cristão, seja apresentar o Evangelho ao vizinho ou ajudar aquele que está caído ao longo do caminho, de certa forma mede nossa intimidade com Deus. Isso porque o coração do Senhor pulsa pelo perdido e pelo caído. Dietrich Bonhoeffer escreveu que ‘a Igreja é Igreja apenas quando existe para os outros’. Fomos chamados por Deus para servir. Quando esta compreensão enche o coração da Igreja, ela se torna missionária e envolvida com os desafios à sua volta. Há ainda mais de 30 mil comunidades ribeirinhas em nosso país sem o Evangelho de Cristo. Mais de cem etnias indígenas brasileiras não têm presença missionária e há cerca de 3.500 línguas e dialetos no mundo para os quais sequer um versículo da Bíblia foi traduzido. Perto e longe, vários segmentos da nossa sociedade padecem sem um testemunho objetivo do Evangelho. Muita gente não sabe como ser um missionário. Sugiro que simplesmente tentem se envolver com as pessoas que não conhecem a Cristo. Procure um projeto missionário perto de você. Saia para a evangelização dos sem-teto. Colabore na distribuição de alimentos aos carentes. Seja um voluntário em um projeto de férias no sertão. Procure conhecer missionários, saber mais sobre seu trabalho. Encoraje e invista no preparo do vocacionado ao ministério que está perto de você. Evangelize seu vizinho. Fale de Cristo a um parente. Saia de casa com folhetos nos bolsos. Enfim, use os dons que Deus lhe deu e semeie o Evangelho.”
Ronaldo Lidório é pastor presbiteriano e missionário transcultural

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RESERVE TEMPO PARA DEUS“O que precisamos é dar tempo e espaço para que o sagrado possa se manifestar em nossas vidas”
“Qualquer relacionamento, desde a simples amizade até o envolvimento conjugal, precisa de tempo e espaço para que a afetividade mútua possa ser expressada em atos concretos. A vida moderna está muito corrida. Todos nós chegamos ao fim de cada dia com a impressão de que alguma coisa ficou por fazer. A tirania do urgente controla nossa agenda e as coisas importantes vão ficando para trás. Aqueles que desejam zelar pelo seu fervor espiritual necessitam encontrar em sua agenda algum espaço para a quietude e o fortalecimento da vida devocional. Não estou falando de pessoas que oram no trânsito ou dentro do ônibus para ganhar tempo. Já pensou se a intimidade de um casal se resumisse aos encontros fortuitos dentro de uma condução ou ao volante do carro? O que precisamos é dar tempo e espaço para que o sagrado possa se manifestar em nossas vidas. Em Gênesis 18, lemos que Abraão sentou-se à porta de sua tenda na hora mais quente do dia – e, ao levantar os olhos, viu os três homens que caminhavam em sua direção. Deus nos visita, mas precisamos estar disponíveis para que esse encontro aconteça. Jesus mantinha uma dinâmica de vida bem interessante. Subia nos montes para orar e buscar a face do Pai. Lá, contemplava e ouvia Deus falar com ele. Descia dos montes e ia aos vales onde estavam os doentes, os possessos de espíritos maus, os paralíticos e os pobres. Quando os discípulos trabalhavam muito, Jesus os levava a um lugar à parte para descansar; mas quando queriam ficar no monte, o Mestre os conduzia aos vales, de volta às atividades do ministério. Qualquer espiritualidade saudável precisa desta alternância.”
Ronaldo Perini é pastor da Igreja Batista Central de São Bernardo do Campo (SP)

10
PODE TER CERTEZA: JESUS CRISTO É O SENHOR!“Os crentes estão sendo ensinados a acomodar-se mais à vida terrena e à busca por valores materiais”
“As pressões da sociedade pós-moderna obscurecem a ação divina e valorizam demais o que é meramente humano. A valorização do ‘eu’ é tão forte que ameaça o sentido de comunidade e leva a um egoísmo extremo. Com a ajuda da ciência moderna e da tecnologia avançadas de nossos dias, somos levados a crer que podemos conseguir tudo sozinhos. Além disso, há uma predominância do materialismo, levando as pessoas a um consumismo desenfreado. Os reais valores da vida são substituídos por coisas e nos perdemos em busca das múltiplas chances de ser felizes, mas nunca alcançando satisfação. Como disse o psiquiatra escritor Admas Philips, ‘vivemos em uma sociedade em que é mais importante ser rico do que ter amigos íntimos; é mais importante ser famoso que amar. Isso é enloquecedor’. Por outro lado, o que está sendo pregado na maioria das igrejas evangélicas está muito distante do conteúdo bíblico-doutrinário e das experiências e conduta da Igreja primitiva. Os crentes estão sendo ensinados a acomodar-se mais à vida terrena e à busca por valores materiais – assim, sua fé assemelha-se mais a uma filosofia de bem-estar emocional e o cristianismo passa a ser uma religião puramente humanística. Deus se torna assessório, nunca o essencial da vida; o absolutismo da sua Palavra perde força diante do relativismo da necessidade humana.”
Durvalina Barreto Bezerra é diretora do Seminário Betel Brasileiro e coordenadora da Rede de Mulheres de Ação Global
Fonte: Revista Eclésia - Ano 12 - Edição 122.
Fonte: e www.soudapromessa.com.br

sábado, 19 de março de 2011

                                             
  ELES TAMBÉM PRECISAM DA         GRAÇA DO PAI

Certo dia o Pastor Emanuel, figura bastante popular na sua pequena cidade, estava em uma churrascaria com uma linda moça, sentados. Jantavam e conversavam alegremente quando de repente o presbítero Abilio vê toda aquela cena e imaginou que o Pastor estava traindo a sua esposa. Naquele instante não contendo o desejo de ser o primeiro a delatar o fato aos demais pastores da Igreja, Abilio dirige-se até o presidente da convenção Local  e denuncia o Pastor Emanuel. A convenção de pastores resolve por meio de um concilio excluir o pastor Emanuel. Emanuel ao ser convocado estava atônito, sem saber  do que se tratava ou ao menos tendo explicação a respeito de tal convocação. Chegado o dia e hora marcada o presidente da convenção abre a seção com a pauta e surge a capciosa perguta: "Emanuel desde quando você está adulterando?" Emanuel responde: Desde nunca! Por que? Ficamram loucos? Abilio retruca - "Eu mesmo o flagrei com uma moça menor de idade, numa churrascaria no maior desfrute com a moça."
O presidente pergunta a Emanuel que desculpas ele daria, ou se tudo que Abilio havia dito era de fato a verdade. Ele Responde: "Realmente Abilio me viu com uma linda mulher, e jovem por sinal, mas quando fui demitido do meu penultimo emprego, minha filha casou-se e eu nem pude dar-lhe um presente, ela me disse que estava tudo bem e que quando fosse abençoado com um novo emprego, no primeiro salário sairíamos juntos e faríamos um jantar que seria o meu presente de casamento! "Traição é ser caluniado por quem nunca teve escrúpulos quando se tratando de um julgamento justo."  Emanuel então despedui-se de todos e nunca mais foi visto naquela igreja.
 Essa ilustração é uma realidade de muitas pessoas. Todos os tipos de informações estão se tornando instantâneas! Espontaneamente chegamos a falar de tantas coisas, mas por que será que compartilhar do plano de salvação não é tão evidenciado nesse mundo tenebroso de perseguições e descasos com o ser humano.